Deixemo-nos de ilusões: o método de trabalho que conhecemos no início dos anos 40 no qual as pessoas tinham a garantia de nascer, viver e morrer sempre na mesma empresa/profissão já não existe.
O sistema económico actual vive da troca constante, dos altos e baixos, da construção, guerra, destruição e reconstrução. É o salve-se quem puder que se agravará sempre pois o capitalismo não foi criado para promover a estabilidade; é antes uma corrida em que às vezes uns vão à frente mas irão acabar por ficar para trás... e normalmente paga o justo pelo pecador. Aceitar este sistema infinitamente é uma condenação para todos onde a liberdade é uma illusão. Sem dinheiro estamos todos tramados.
O mesmo se manifesta nas fábricas e nos negócios; aquilo que era uma novidade e, portanto alvo de investimento, perde o factor atractivo por muito essencial que ainda seja. Diz-se que "a necessidade aguça o engenho" - mas esta filosofia perde-se numa economia onde o lucro toma o lugar da necessidade.
Por outro lado, perguntemo-nos: será que é digno uma pessoa deformar o seu corpo (mãos, costas, doenças respiratórias) como consequência de uma actividade monótona e perigosa ao longo de 50 anos?
O problema está em continuarmos a insistir num sistema anti-humano.
Qual é o pai ou a mãe que deseja para o filho a mesma vida que teve? A não ser que se seja muito abastado, a maioria das famílias não tem uma situação económica estável toda a vida. E será necessária tanta instabilidade? Vejamos o exemplo do corpo humano: alterações cardíacas não são favoráveis ao funcionamento do corpo, traumas psicológicos e o stress afectam áreas do corpo, uma alimentação irregular tem consequências no peso... Assim vemos que a instabilidade económica está contra o próprio ser humano e contra a Vida.
É da responsabilidade de cada um libertar-se das memórias de um emprego para a vida e ponderar sobre uma solução muito mais amiga do humano, do ambiente e da Vida. Uma solução inovadora que implicará a estabilidade económica de todas as famílias, ao garantir dinheiro incondicional desde o nascimento para cada pessoa no mundo. O Sistema de igualdade Monetária está em desenvolvimento e o primeiro passo tem sido a educação para a abertura de ideias - ver como a relação entre as pessoas muda para melhor quando o dinheiro não é "o problema", onde a honestidade pode finalmente ser vivida e o medo eliminado. O chamado "Paraíso na Terra" onde as pessoas não terão de se limitar aos empregos disponíveis pois poderão finalmente dedicar o seu tempo a uma área de interesse; onde a guerra não será fonte de lucro... A mudança será global e corresponde ao desejo de mudança acumulado em cada um de nós.
Por isso convido todos os leitores a questionarem-se: Como é que a sua vida mudaria se o dinheiro (falta dele e dependência) não fosse um problema?
O fórum em http://equalmoney.org está aberto a todos, ou simplemente passa a palavra.
Eu percebo que no meio de tanto trabalho e filhos para cuidar, no final do dia a pessoa está cansada... mas também me tenho apercebido que escrever é um método muito relaxante e que falar sobre ideias inovadoras inspira a acção: a nova geração está mesmo disposta a parar com os erros do passado.
Para mim tem sido excelente dedicar o meu tempo livre a reflectir e estudar uma alternativa ao sistema económico actual que já comprovou ser um cancro maléfico "causa-dor" nas pessoas e nos animais. Aplico os conhecimentos do meu curso para perceber como é possível mudar para melhor. Quem sabe se na sua área de trabalho ou de estudo poderá introduzir estas ideias? Somos igualmente responsáveis pela criação de uma nova sociedade onde todos são tomados em consideração, pelo melhor de todos.
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